terça-feira, 30 de agosto de 2011

QUESTÕES


Questão 1: Letra A – Apresentar resumos, resenhas, comentários e links:
As postagens

Letra B – Apresentar a bibliografia (de livro e Revistas) e a filmografia(filmes, documentários, links para youtube) : Bibliografias:
*Segregação: o conceito
LAKATOS, Eva (1987), Sociologia Geral, 5ª Edição, São Paulo, Atlas.
MELLOR, J.R.(1984), Sociologia Urbana, Porto, Rés.
*A cidade vista por dentro
SOUZA, Marcelo Lopez de , ABC do Desenvolvimento Urbano
*Amsterdã - as habitações do sés. XX
Lizete Maria Rubano - Tecidos Habitacionais em Amsterdã 
*Primórdios da habitação social
*Filme: Cidade de Deus
*Habitação e a questão sanitária
BONDUKI, Nabil - Origem da habitação social no Brasil - Arquitetura Moderna, Lei do Inquilinato e Difusão da Casa Própria
*Habitação social e pré-fabricação
*Frankfurt - Alemanha
*Artigo sobre a Habitação Social - de Maria de Fatima Cabral Marques Gomes
*CONJUNTOS HABITACIONAIS DE BERLIM: Moradia como direito social e inovação na arquitetura
*Werkbund e a Habitação Social na Alemanha
*Habitações modernas berlinenses tornam-se patrimônio mundial

Letra C – Montar uma base cartográfica para o tema:
  • Mapas atuais da cidade em estudo;
  • Mapas detalhados das áreas das cidades enfocadas;

  • Mapas das intervenções urbanas que estão sendo estudadas (desenhos, fotos, diagramas):




    Mapa da Alemanha com a cidade Frankfurt
    em destaque
    Centro de Frankfurt

    Mapa da Holanda com a capital Amsterdam
     em destaque.
    Centro de Amsterdam.
    Mapa da Alemanha com a capital Berlim
     em destaque.
    Centro de Berlim.
    Emigração de pessoas muito qualificadas para
    Berlim Ocidental e com isso Berlim
    Oriental fica abandonada.

Espaço urbanizado - mapa da região de Amsterdam.
Esquema do plano regulador de Amsterdam em 1935.

A área mais antiga e visitada de Amsterdam,
conhecida pela arquitetura tradicional,
canal tours, lojas de lembranças e
várias coffeeshops.
Amsterdam tem muitas pontes, pontezinhas,
 mas sao muitas, 1281 para ser mais exato.
A cidade parece uma teia de aranha, onde
 canais se alternam com ruas em círculos
concêntricos.
Berlim após a 2° guerra mundial.

Estacionamento Amsterdam.
Muro de Berlim - antes da sua destruição.
O centro historico de Amsterdam, como é hoje,
circundado pela periferia.
O conjunto de bairros a Oeste, depois de
ultimada a construção.
O conjunto dos bairros de Oeste, previsto pelo
plano regulador de Amsterdam, de 1935.
O novo plano regulador de Amsterdam,
projetado na década de 60.
O plano de ampliação de Amsterdam Sul,
projetada por H. P. Berlage em 1917. As casas
são agrupadas em grandes blocos alongados de cerca
 de 50 x 200 metros.
Os bairros de Oeste em vias de realização
cada zona de terreno é consolidada e equipada
pela administração pública, antes de ser construída.
Planta de Amsterdam e de sua periferia,
na qual está inserido o projeto de Amsterdam Leste.
Reprodução de um dos diferentes mapas
 da cidade, mostrando como Frankfurt
cresceu, inclusive incorporando regiões
 próximas.





Questão 2- Escrever 3 paginas (laudas) mostrando qual conteúdo dos textos estudados se encaixa no seu trabalho:

Londres e Paris no Século XIX: o espetáculo da pobreza

O texto de Maria Stella Martins fala do cotidiano nas grandes cidades do século XIX, principalmente, Londres e Paris. As diferenças dos turnos fazem com que uma mesma cidade tenha comportamentos distintos. Durante o dia, a cidade funciona em função do trabalho, já de noite, quando o trabalhador descansa, o perigo e o desconhecido se liberta. O tempo passa a ser entendido como dinheiro, agora o trabalhador faz parte de uma sociedade disciplinada, capaz de gerar abundância e riqueza. A multidão descolando-se para o desempenho do ato cotidiano da vida.
A segregação sócio espacial de Londres na metade do século estava evidente em seus dois e meio milhões de habitantes. Diante de uma imensa diversidade de vida urbana Londres era o retrato da promiscuidade, da agressão e a todos os tipos de perigo. A classe trabalhadora era completamente excluída e vítima de um crescimento econômico. Ao lado do centro glamoroso se instala numerosas ruelas de casas miseráveis entrecruzando-se com as ruas largas das grandes mansões e os belos parques públicos. Os miseráveis não transpunham as barreiras sociais. Não precisava de muros ou longas distâncias, mesmo um do lado do outro não impediam que vivessem mundos completamente diferentes. A exclusão da parte operária era intensa, o desrespeito com a vida dos mesmos era maior ainda, já que o caos, a sujeira e o perigo eram os lares desses miseráveis.
Os superpopulosos bairros operários londrinos eram habitados por péssimas condições de moradia. Conhecido apenas por nome, o leste de Londres, não era frequentado pela alta sociedade. Era considerado um mundo desconhecido que jamais se aventurariam a passar, mesmo morando na mesma cidade. O “East End” era considerado terra incógnita e seus habitantes selvagens desconhecidos.
A qualidade de vida desses operários é tão baixa que as suas próximas gerações começam a sofrer de síndromes, doenças, óbito precoce, prejudicando a economia e criando até uma ameaça social: “extinção do londrino”.
O crime e a mendicância tomam conta da cidade, até os habitantes dos subúrbios sentiam que estavam vivendo em circunstâncias de grande perigo.
Londres se transforma na cidade da segregação, social, espacial e econômica: “Londres vai se tornando, dessa maneira, o outro lado da moeda, o símbolo das más consequências da vida urbana e da industrialização. Nela podem se acomodar os dissolutos, os preguiçosos, os mendigos, os turbulentos e os esbanjadores de dinheiro.”.
Em Paris a situação não é diferente, para os franceses da época não havia diferença entre homem trabalhador, pobre e criminoso. Enfim, constituem níveis de uma mesma degradada condição humana, a vida do trabalhador dos grandes centros urbanos.
Paris e Londres vivem os problemas urbanos decorrentes da exploração do trabalhador durante a Revolução Industrial, os problemas da relação entre trabalho, a pobreza, o crime, o perigo social e a ameaça política, instalam o caos urbano nessas cidades.

A Cidade do Século XIX
O texto de Guido Zucconi fala do rápido crescimento das cidades no século XIX, da multiplicação do número de metrópoles e principalmente como se deu esse desenvolvimento. O crescimento da população se dá de maneira desigual, favorecendo o crescimento de centros urbanos. O desenvolvimento dos transportes leva produtos, recursos e população aos centros produtivos criando áreas urbanas totalmente novas. Este crescimento urbano coincide com a revolução industrial, porém ela não vem a ser o único meio de desenvolvimento.
O período entre 1850 e 1914 é marcado pela progressiva perda de caráter eurocentrista que marcou por todo o século XIX: a população do velho continente passa a ter um peso menor em relação ao total planetário. Nessa época a cidade passa a ser vista de outro modo, ela é um organismo em movimento, uma figura que pode ser mediada, ampliada e principalmente modificada.
Dessa forma começa um processo de adaptação às novas necessidades. A começar pelas ferrovias que se instalaram como um curioso meio de locomoção e passaram a ser parte de um sistema de comunicação (caso de Londres). Elementos do passado que tiveram papel fundamental mas que hoje não tem mais usos precisam ser retirados ou remodelados para o desenvolvimento da cidade, como é caso das muralhas. Em algumas cidades, à sua volta torna-se lugares para passeios, em outras é feita a “Ringstrasse” (rua onde se encontram em uma sequência ordenada as funções de uma grande cidade, como o parlamento, o município, a universidade, os museus, etc), e em outras ela serve como divisão de trânsito, onde do lado de fora há ruas que contornam a cidade e tem um trânsito maior, e dentro há ruas com um número reduzido de carros.
Paris no século XIX é identificada com a idéia de cidade-capital e de metrópole. Seu prefeito Eugène Haussmann teve o papel de circundar Paris com uma malha de percursos que interligasse os lugares importantes da cidade. O projeto de Haussmann fez parte de um programa de reorganização geral da cidade, que remodela sua estrutura funcional. Com isso ele conseguiu interligar, unificar e amalgamar segmentos e áreas, antes, isoladas. Assim Paris foi remodelada, e as pessoas menos favorecidas foram morar praticamente fora da cidade.
Já em Londres, as dinâmicas de crescimento e de transformação derivam diretamente dos desenhos das propriedades fundiárias e da ação dos investidores imobiliários, portanto os soberanos tem as mesmas obrigações e direitos dos outros proprietários. Todos são responsáveis pela gestão da cidade, eles próprios cuidam de suas ruas, suas praças.
Os grandes estate londrinos tomam forma segundo um modelo constante: o square no centro, embelezado por um jardim condominial, constitui a única exceção na malha de ruas e frente regulares. Eles refletem o caráter unitário da intervenção.
Paris e Londres. A primeira oferece um modelo que poderemos definir como “aglutinador”: ao crescimento impetuoso, ao risco de perder o limite e a um perfil reconhecível, a resposta é um forte desenho que homogeneíza, possível devido a um sistema centralizado. Londres oferece um outro caminho possível, baseado na fragmentação, considerando-o fenômeno reconhecível mesmo sob o aspecto da organização física e espacial. A ausência de um plano geral, a força autônoma de um único estate, governado por lógicas decisivas e formais próprias, é o resultado coerente desse modo de conceber o crescimento de uma grande cidade.”

O Urbanismo
Françoise Choay em seu texto fala sobre a introdução da organização dos agrupamentos urbanos.  O urbanismo surgiu para tentar solucionar futuros problemas de espacialização das cidades, mas essas soluções vieram em forma de modelos, que tentam até hoje se tornar realidade.
O pré-urbanismo surgiu com a crítica da cidade industrial, onde a transformação dos meios de transporte e produção contribuem para romper a cidade medieval da cidade barroca. Com isso veio a falta de higiene das cidades, o habitat dos trabalhadores, os lixões, a falta de jardins públicos, entre outras coisas que levaram pensadores da época a se reunirem. Eles criam dois tipos de projeções espaciais, de imagens da cidade futura, que são os “modelos”.
O modelo progressista, por exigência da higiene, é um espaço amplamente aberto, rompido por vazios e verdes onde o espaço urbano é traçado conforme uma análise das funções urbanas. Esta cidade recusa qualquer herança artística do passado, e a lógica e a beleza se coincidem.Já o modelo culturalista tem como ponto de partida o agrupamento humano da cidade, onde cada membro da comunidade constitui um elemento insubstituível nela. Ela é bem circunscrita no interior de limites precisos e deve formar um contraste sem ambigüidade com a natureza.
Todos esses pensadores imaginam a cidade do futuro em termos de modelo, para todos a cidade é colocada com um objeto reprodutível tornando-se assim utópica.
Para Engels e Marx a cidade futura está ligada ao advento de uma sociedade sem classes. Ela deve ser essencialmente entendida do ponto de vista do desequilíbrio e das desigualdades econômicas ou culturais que separam os homens da cidade dos do campo. O urbanismo se difere do pré-urbanismo em dois pontos, ele é teórica e prática, o apanágio de especialistas, geralmente arquitetos.
A nova idéia do modelo progressista é a da modernidade, a rua é abolida, as zonas das cidades são cuidadosamente separadas. Nele são favorecidos o habitat e os instrumentos do urbanismo tomarão a forma de unidades o que leva ao deslocamento da construção que agrupa no verde, séries de arranha-céus ou pequenas cidades verticais. O novo modelo culturalista tem seus limites precisos por um cinturão verde, sua população deverá ser equilibrada nas diferentes classes etárias e em todos os setores do trabalho. O modelo naturalista a arquitetura é subordinada à natureza, sendo o único a recusar a limitação.
A cidade torna-se objeto, instrumento ou máquina, ela sofre em relação à sua significação original uma transformação tão radical que seria preciso encontrar para ela uma nova designação, torna-se o lugar, e não mais a cidade, da técnica (tecnotopia). A antrópolis com vistas a um planejamento humanista tem três tendências que correspondem a três abordagens metodológicas, são elas: a localização humana como enraizamento espaço-temporal, o ponto de vista da higiene mental, e uma análise estrutural da percepção urbana.


Questão 3- Fazer a analise de uma situação urbana mundial contemporanea (os conflitos de rua) em Londres em agosto de 2011 e compara-la aos capitulos do texto de Ms. Brescani, no livro “Londres e Paris sno séc: XIX, o espetáculo da pobreza”. Para fazer essa pesquisa: Folha de São Paulo, O Globo, O Estado de São Paulo.

Mark Duggan: o caos no Reino Unido começou por causa dele
Heroi comunitário, pai de família, membro de gangue, vítima de preconceito racial: o que os ingleses falam sobre o homem cuja morte motivou os conflitos
São Paulo – Um jovem negro, de 29 anos, foi morto a tiros pela polícia de Londres na noite de quinta-feira (4), em circunstâncias ainda não explicadas. Sua morte foi o estopim para uma onda de protestos que levaram o caos à cidade, e a regiões vizinhas.
O que se sabe até agora é que Mark Duggan, morador do distrito londrino de Tottenham, estava em um táxi quando foi abordado por uma viatura policial. Alguns disparos de arma de fogo foram ouvidos, e Mark foi encontrado morto. No sábado, mais de 500 pessoas da comunidade onde ele morava se reuniram para um protesto. E começou a confusão.
Centenas de jovens, em sua maioria negros (veja vídeo na próxima página), moradores de áreas mais pobres de Londres e cidades próximas saíram enfurecidos pelas ruas. Queimaram carros, destruíram prédios inteiros. Não houve distinção: nem lojas de grife e muito menos os pequenos comércios locais escaparam.
A violência tinha como justificativa o desejo de vingar a morte de um jovem que é descrito por familiares e amigos como um exemplo para a comunidade onde ele morava. Um amigo afirmou que ele era “um homem de família”. A noiva de Mark, Semone Wilson, disse ao jornal britânico The Guardian que ele era um “bom pai, que idolatrava seus filhos”.
Segundo ela, os dois pretendiam se casar em breve e sair de Tottenham para “começar uma nova vida” com os quatro filhos – um deles recém nascido.
Outra versão
O jornal The Independent traz outras informações sobre Mark. Segundo a polícia, ele tinha envolvimento com atividades ilegais, e estava sob vigilância há alguns dias. De acordo com esta versão, os policiais teriam se aproximado do táxi para prender Mark, que acabou reagindo e foi morto.
Uma reportagem do Telegraph diz que o jovem britânico era membro de um grupo conhecido como Star Gang, e alguns dos agitadores também seriam parte da mesma gangue.
Nesta terça-feira (2), a imprensa britânica divulgou novas informações sobre o tiroteio, que acirraram os ânimos dos manifestantes. Um projétil que atingiu o rádio de um dos policiais durante o confronto com Mark, e que teria sido disparado pelo próprio, era do tipo que só a polícia do Reino Unido usa.
Questão racial
Uma colunista do Telegraph destacou que, quase dois dias após o começo dos protestos, nenhum jornalista ou policial havia mencionado a cor de Mark Duggan. Ela comenta que, salvo raras exceções, ninguém ousou dizer que os protestos têm uma motivação racial.
“Mais uma vez os jovens negros incendiaram Londres”, disse a colunista. “Os problemas não podem ser resolvidos se as pessoas não estão dispostas a dizer a verdade. Tal como acontece com tantas outras coisas neste país, nós enfiamos nossas cabeças na areia e nos recusamos a falar sobre isto”, conclui.
Uma senhora negra virou notícia nos principais jornais britânicos ao sair na rua durante um dos protestos para manifestar sua reprovação à atitude dos jovens (veja o vídeo abaixo, em inglês). “Isto tudo é por causa de um homem que foi morto em Tottenham. Não é para sair por aí se divertindo e queimando tudo. Caiam na real, negros. Caiam na real. Façam isto por uma causa", disse ela.
FONTE: http://exame.abril.com.br/economia/mundo/noticias/mark-duggan-o-caos-no-reino-unido-comecou-por-causa-dele?page=2HYPERLINK "http://exame.abril.com.br/economia/mundo/noticias/mark-duggan-o-caos-no-reino-unido-comecou-por-causa-dele?page=2&slug_name=mark-duggan-o-caos-no-reino-unido-comecou-por-causa-dele"&HYPERLINK "http://exame.abril.com.br/economia/mundo/noticias/mark-duggan-o-caos-no-reino-unido-comecou-por-causa-dele?page=2&slug_name=mark-duggan-o-caos-no-reino-unido-comecou-por-causa-dele"slug_name=mark-duggan-o-caos-no-reino-unido-comecou-por-causa-dele
Decifrando as chamas de Londres
A imprensa inglesa faz um grande esforço para compreender as revoltas que começaram em Tottenham e se espalharam por outros bairros e algumas cidades do país.
O ponto de partida foi a morte de Mark Duggan. Ele foi preso por uma equipe chamada Trident, especializada no combate a delinquents armados.
A perícia ainda investiga se uma das balas usadas é dessas malas manipuladas para provocarem ferimentos mais destrutivos ainda.
Já houve muitas outras revoltas em Londres. De um modo geral, começam com conflitos e morte entre a juventude negra de bairros como Tottenham e Brixton.
Policial nada pode fazer diante do carro queimando.
Mas agora há a crise econômica, desemprego entre os jovens, fechamento de áreas de lazer em bairros mais pobres. E , recentemente, muitas pequenas revoltas de estudantes contra a política do governo conservador.
Pelo menos há uma constatação bem humorada, entre alguns analistas: o bom tempo também explica as revoltas; se estivesse chovendo, ninguém sairia às ruas.
Revoltas nas ruas de Londres: a atração pelas chamas.
Apesar de Londres conhecer revoltas desse tipo, a de agora tem componentes típicos de nosso tempo: twitter, telefones celulares, meios de comunicação mais poderosos que no passado.
Outro aspecto observado: os saqueadores entram nas lojas e procuram pelas marcas de sua preferência. Não são as mesmas necessidades de antes. Como os consumidores personalizados, os saqueadores sabem o que querem.
Lembro-me que nos saques acontecidos no Rio, no princípio da década de 90, a imprensa constatou que iougurte, bacalhau e uisque eram muito procurados.
The Independent mostra a fila para o saque.
Os saques já não são mais os mesmos porque o mundo está cheio de produtos atraentes. Nem todos  podem comprá-los, mas quase todos são seduzidos pela sua propaganda.
Crise econômica e medidas de contenção, sob inspiração conservadora, têm um grande peso nas revoltas. No caso do Chile, há uma tradição de esquerda e uma clara politização.
Apesar da morte de Mark Duggan os conflitos que se espalharam pela Inglaterra não produziram vítimas fatais.
Enquanto isso, na Síria,numa simples entrada do Exército em Deir al Zour foram mortas 65 pessoas. É uma crise de outra natureza e o Brasil está sendo muito brando com o governo Assad.
O saque em execução.
PS: A polícia britânica acaba de confirmar que nos tumultos das últimas horas, houve um morto.
FONTE: http://blogs.estadao.com.br/fernando-gabeira/tag/mark-duggan/
Londres tem vivido um momento a muito tempo não visto. Ondas de vandalismo tem atingido a cidade. As revoltas começaram no sábado 6 de agosto, no bairro de Tottenham e se espalharam para outras regiões. O estopim foi a morte de Mark Duggan, de 29 anos, por policiais, numa abordagem que investigava crimes com armas de fogo no bairro. A policia alega que ele foi baleado por ter reagido.O povo acredita que a causa da morte é racismo.
A gota d`água para estourar a crise foi a morte, o povo ja insatisfeitos com o corte de benefícios e com o aumento dos impostos devido a crise, foi as ruas protestar, protesto que acabou virando vandalismo e causando caos em todo o pais.
Vemos a reprodução, em uma escala menor, de cenas do século XIX, onde em meio ao furor da Revoluçao Industrial o povo vivia em condições sub humanas, esquecidos pelo governo, em uma terra de ninguém, entregues a própria sorte, um povo que lutava com o que tinha para elevar-se, para viver em condições, humanas, a saída do povo era tomar conta do esspaço publico, o que causava um estranhamento daqueles que nem sequer conheciam essas pessoas, que não ousavam viver no mesmo espaço a policia então se via obrigada a interferir e por “ordem”. Com as inssesantes lutas desse povo, ao poucos eles foram ganhando direito a voto, e ganharam alguns benefícios, suas condições de vida foram melhoradas, mas ainda eram esquecidos. Por um bom tempo essa “multidao” ficou quieta, e agora mais uma vez ela vai as ruas lutar por seus direitos.
O tempo passa mais o cenário não muda. O governo sempre busca maneiras de enconder o problema. Foi assim a três séculos atrás e é assim ainda hoje. O povo vivia em condições sub umanas e iam as ruas para lutar por seus direitos. Hoje mesmo com alguma representação o povo ainda fica com as sobras, e volta as ruas para protestar, para serem vistos, e não esquecidos, para não serem ignorados e sim para terem uma solução. Preconceito racial é um dos motivos dessa series de ataques, mas o real motivo é a segregação espacial, moral e social. 

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